Praia de Ponta Negra - Morro do Careca - Natal - RN |
Contendo
aproximadamente 850.000 habitantes, conhecida como “A Cidade do Sol”, o município de Natal recebe esse nome devido à sua fundação ter sido no dia 25 de
Dezembro de 1599 dia que se comemora o nascimento de Cristo. A capital do Rio
Grande do Norte possui o ar mais puro do Continente Americano e pode ter até 15 horas de sol por dia em determinadas épocas. Sua principal fonte de renda é o turismo e outras áreas do setor terciário, devido à suas praias e belezas naturais a cidade
recebe em média anualmente 2 milhões de turistas do mundo todo. Por culpa de todos
esses aspectos positivos sobre a cidade, ficou fácil escolhermos nosso destino pra passar nossas férias.
Partimos de Campinas
na tarde de uma terça-feira dia 13 de Janeiro de 2015 à bordo de um Airbus da
Gol, se tornando então uma
das minhas piores experiências
até hoje dentro de um pássaro de aço,
já não sou muito fã de aviões e coisas que balançam muito, a frustração
só aumentou quando me sentei do lado de uma
menininha que queria vomitar (pois é, agora eu tinha duas preocupações, o medo daquela
porra cair e daquela lazarenta me banhar de vômito), graças ao nosso bom Deus nenhuma dessas desgraças aconteceram.
Sueli Tova e Eduarda Pedroza |
Vinicius e Rafael Tova |
O voo tinha conexão no Rio de Janeiro, mas
não deu
pra conhecer nada até
então,
paramos no aeroporto Galeão e
dentro de umas duas horas e pouco já
tínhamos decolado no estado do Rio Grande do
Norte. Em seguida ao desembarque tem um saguão onde ficam várias companhias de passeios, fretados e guias turísticos, optei por manter a calma e sair pra ver se achava um ônibus, taxi ou algo parecido, do aeroporto
até a cidade é mais ou menos 1 hora de viagem, os ônibus estavam lotados e os taxis ficavam
na casa de R$ 200,00 pra nós quatro, voltei até o saguão e tivemos a sorte de
fecharmos uma Van que estava próximo pra partir, paguei 20 conto por cabeça e a Duda não pagou (foi a primeira sorte que tive). Então embarcamos
rumo à Ponta
Negra onde era o nosso destino. O responsável pelo nosso frete foi o Abdael, ele é motorista da Natal Vans (84-3642-1883), desde então já comecei a gostar da cidade, o que logo me
chamou a atenção foi
o bom atendimento dos nordestinos (literalmente um baile nos paulistas), até chegar no hotel ele foi um excelente guia (ele não tinha essa obrigação, era apenas o
motorista do carro) e ia me mostrando cada coisa da cidade, sugerindo lugares,
praias e restaurantes.
O sol já estava se pondo quando chegamos no Vip Praia Hotel
(84-3236-2496), logo de cara gostei, a recepção nos atendeu super bem, fomos
encaminhados para o quarto onde tomamos um baita de um banho e aproveitei pra
tirar àquele
bode. Depois de instalado sai pra fazer uma pequena exploração do ambiente, como
objetivo encontrar bares, piscinas, saunas, hidromassagem e meninas (achei 90%
dessas coisas). O lugar se trata de um ambiente muito bom, talvez de 0 a 10 eu
avalie em 8, o café
da manhã é bom,
não tem tanta variedade de
coisas em relação a
outros hotéis que já me hospedei, todavia, um diferencial bem bacana é que eles preparam omelete e tapiocas tanto doce
quanto salgada na hora, é
muito bom e nutritivo. A área de lazer tem uma piscina grande de mais ou
menos 1,10 mts de profundidade (é
ai que entra a brecha, os
caras pensaram em tudo, menos em crianças, como eu estava com uma, senti e muito
a falta de uma piscina especifica pra elas, é foda viu), as mesas ao redor da piscina com vista pro mar me chamavam pra
sentar e tomar uma baita caipirinha (não me rendi, pelo menos naquele momento). A suíte onde ficamos tinha duas camas de solteiro uma
de casal e uma varanda pequena, o ar condicionado funcionava corretamente e o
frigobar tinha muita água (aeee, graças a Deus não tinha cerveja, senão
eu tava fodido). O serviço de quarto foi muito bom (não tive a experiência de encontrar a
camareira dobrando minhas cuecas), deixavam o quarto impecável e as toalhas sempre limpas.
Depois de avaliar com
rigor cada corredor e cada atração do
hotel, saímos pra rua pra averiguar melhor a noite
potiguar. A primeira façanha que íamos fazer era o “Passeio de Buggy”, existem em Natal mil e uma agências que intermediam
passeios tanto de Buggy quanto de Van, barco, 4x4 e por ai vai, rodei, rodei,
fui pra lá,
fui pra cá, cotei, pechinchei e fizemos o escambáu, funciona assim: os passeios são fechados por alguma agência de turismo, umas
com guias, outras não,
umas com mais atrações,
outras não, o
preço do passeio de Buggy gira em torno de
500, 450 até 400 reais pra 4 pessoas, então foi a hora que tomei
no rabo (nossa Vini, tava demorando em), toda viagem que se faz, a gente tem
que tomar no rabo, ah tem, senão não é
passeio. Vou tentar ser o
mais claro e indiscreto possível, sim “indiscreto”
(vou citar nomes). Como disse
anteriormente existem mil e uma agências de passeios em toda cidade, algumas delas
tem carros próprios outras terceirizam bugueiros (eu
tive o dedo podre de escolher uma que terceirizava os meninos), andando pelo
deck na orla da praia de Ponta Negra, fui abordado por um rapaz alto, loiro
(mas não era
bonito nem sensual muahaahha), também
não era tão honesto assim, ele se
chama Júlio, tinha passeio de Buggy por 400 pau,
ele não
estava avulso, estava na frente de uma agência com portas abertas e bastante movimentada, o
nome é Astral Turismo (84-3082-9466), fechei o
passeio com eles e dei 50 pila de sinal (tadinho dos 50 pila, nunca mais o
verei, que façam bom proveito, buá, buá, buá). Ele, na teoria ligaria pra um bugueiro,
passaria a hora e o endereço na frente do hotel e eu pagaria outros
350 na mão dele
após o término do passeio, mas não foi bem isso que
aconteceu.
Na manhã de quarta-feira,
realmente apareceu um bugueiro, porém ele queria 400 pau (realmente os passeios
de Buggy não são mais
baratos que isso, o padrão é
480, eles tiram os 80 pra
ficar bonito), enfim depois de uma averiguação da desordem e do atropelamento de
informações
descobri que a maioria dos bugueiros são mercenários (quem da mais leva), eu iria pagar
350 pra ele, pois a agencia mordeu 50 só
pra intermediar, durante o
trajeto até o hotel esse bugueiro (o de 350 reais)
provavelmente encontrou uma outra família que lhe seria mais rentável (vocês devem estar se
perguntado, mas como apareceu um bugueiro na hora marcada no meio desse
devaneio todo?) é
então,
aconteceu que eles são uma
raça bem unida, tipo motoqueiros em sampa,
quando cai um, cinquenta vem arruma confusão,
é tipo isso, esse de 350 reais encontrou
esse outro e disse: Você tem
trampo pra hoje? –
Não! –
Então vai lá
na rua tal, endereço tal e blá
blá blá. Entre um blá,
blá, blá e outro, tomamos no cú com 50então mas foi fundamental pra qualidade do nosso
inesquecível passeio pro Norte de Natal.
Passeio de Buggy lado Norte |
O Buggy era um regaço,
motor 1600 de Fusca (aff), um tanto
mais velho do que a maioria, nem freio de mão tinha, o motorista se chama Divanilson
(84-9111-1196), o cara é
muito gente boa e
inteligente, durante o passeio ia nos mostrando toda a cidade, falando sobre os
pontos turísticos, mostrando restaurantes e tudo
mais, já era a terceira experiência com pessoas locais, e a impressão só tinha a melhorar. Fomos pro lado Norte,
passamos por uma balsa que cobra 30 reais pra atravessar e voltar (achei
barato, os caras fazem um baita esforço
pra remar até o outro lado, e não fazem cara feia em), seguimos avante
sentido às
Dunas de Pitangui, lugar paradisíaco com areia branca e fina, lá nosso coração ia pro meio do rabo e subia pra goela, esse
passeio existem duas categorias, com emoção ou sem emoção, a pedido da Duda (não
meu, sou cagão pra
cacete) o passeio foi regado de muita emoção e risadas, mas foi muito loco. Na praia de
Pitangui paramos em um quiosque desses à beira mar, de fundo com uma pequena represa de água doce (a Duda e minha mãe acharam o máximo), foi meu primeiro contato com água, gelada, transparente e limpa. Dei uma bela de
uma refrescada e sentei em uma cadeira, que bom, tipo #aiquesossego, pedi um
espetinho de Lagosta e uma caipirinha de Cajá, fruta e prato típico da região, gostei muito das duas coisas
principalmente da caipirinha que me abriu portas pra outros pensamentos.
Díva
(Divanilson) era “o cara”, manjava tudo daquela região e se encarregou de
tornar nosso passeio cada vez mais atraente, emocionante e cultural. Fomos conhecer
as famosas Dunas Douradas, lá
foram gravados trechos de
algumas novelas como Tieta, Flor do Caribe, o seriado Sansão e Dalila e a grande audiência da rede Globo, O
Clone (eu queria mesmo era ver a Jade pelada, mas não foi dessa vez). Paramos na praia de
Jacumã onde
se hospedam todas aquelas coisas legais que se veem nas propagandas de Natal,
tirolesas, ski bunda, aero bunda e mais uma pancada de coisas relacionadas a
bundas (adoro).
Já pra encerrar o passeio do lado Norte,
passamos pelas Dunas de Genipabú,
lá tem uma feirinha bem legal que vendem
artesanatos em geral, chapéus,
tangas, sungas, biquíni e de tudo um pouco. Lá tomamos uma água de coco, que custa, tiam tiam tiam
tiam, tiam tiam tiam tiam, somente 3 conto minha gente, isso mesmo moçada, 3 conto, tão barato que dá até pra substituir a água mineral pela de coco, o rapaz que vendia tinha tanta agilidade que em
dois golpes cortava o coco no meio e fazia uma pazinha pra comermos aquela nata
deliciosa que tem dentro. Em Genipabú também existe os passeios de Dromedário, aquele bicho fedido que anda em desertos e
bebem pouca água, foi muito legal ver um de perto, mas
dessa vez eu achei que o preço estava meio puxado, 45 pau pra andar em
baixo de um sol dos infernos durante 15 minutos em cima de um bicho que fede e
defeca pra cacete (não
desmerecendo o esforço do bichinho, mas esse valor num da pra
pagar não).
Chegamos no hotel só
o bagaço depois de um dia bem aproveitado, pagamos o Díva e gostei tanto dos seus serviços que queria que ele nos levassem para os passeio
pro lado Sul, foi muito triste a dor do parto mas ele estava indisponível, mesmo assim indicou um outro amigo. A noite
fomos comer uma pizza e curtir um forrozão rastapé em um shopping pequeno que se chama Villarte,
muito divertido e músicas boas, me lembro que fui dormir
cantando “Por isso eu vo na casa dela ai ai, fala do
meu amor pra ela vai...”
Acostumávamos acordar umas 7:33 hrs, depois tomávamos um baita de um café que era praticamente um almoço (claro né era a vontade, e a gente nem sabia a hora que íamos almoçar), depois descemos e esperamos um taxista com uma Doblô, seu nome é
João (84-8841-7291), é
uma espécie de Taxi Tur, ele não usa aquela porcaria de taxímetro que só encarece as coisas e fode com o bolso da gente, fechamos com ele o passeio
por 350 reais pra Pipa e arredores. O João é sensacional, com um sotaque bastante acentuado de
Natalense da gema é
ainda mais sábio que Díva e muito, muito bem humorado, durante o trajeto até nosso destino aprendi muitas coisas, inclusive
datas e nomes de cidades vizinhas. O caminho algumas vezes à beira mar e as vezes em
estradas ou rodovias, cercado por coqueiros por todo o lado, aumentando ainda
mais a beleza do trajeto, vendas de frutas como o Cajú, Jaca e Cajá
tem de monte nos
acostamentos. Passamos pela cidade de Lagoínha onde presenciamos mulheres lavando
roupas à moda
antiga, em um riacho que passa por dentro de um sítio, em seguida paramos na Lagoa de Guaraíra, onde se tem a oportunidade de passear de barco e ver os Golfinhos (eu
estava me lixando pra Golfinhos, se fossem sereias de topless eu deixaria até as cuecas lá), em frente à lagoa tem a ilha de Malembá, franceses a compraram há alguns anos e tentaram
construir um resort 5 estrelas, porém o desgaste ambiental seria enorme então proibiram até mesmo de mexerem na ilha (tomaram no cú ahahahaha).
Ilha de Malembá - Tibau do Sul - RN |
Praia de Pipa - Tibau do Sul - RN |
Seguimos em frente e passamos pela Vila de Pipa, ai sim gostei muito, tem botecos pra todo lado, pousadas, mercados e lojas, o João me disse que a noite ali tem muito reggae, rock, pop e rola muitas drogas e bacanais (já anotei na minha agenda, quero dar um pulo lá qualquer hora). Na parte superior da vila tem uma boate que se chama Calangos, também vou ficar devendo informações sobre os serviços, mas sua faixada tem desenhos do Mick Jagger, John Lennon, Jor Ben Jor, Ed Mota e outros grandes ícones da música mundial.
Eu
particularmente já
ia voltando pra casa não tão
encantado com o passeio do lado Sul, mas as margens do Oceano Atlântico ainda escondia uma das coisas mais
maravilhosas e espetaculares que já
presenciei, a Praia do Amor.
Existem vários acessos, mas chegamos pelo Chapadão de Pipa, é um grande morro com terra avermelhada (foi gravado
a abertura do Fantástico), oferece um contraste perfeito pra
tirar “àquela foto”
com o intuito de torturar as
pessoas via Facebook. A praia tem esse nome, por causa do fato das suas areias
fazer um formato de coração,
depois, por informações do
sábio
João, tive o conhecimento
de que pessoas usam a praia pra praticar a sacanagem (essa hora um breve filme
pornô passou pela minha cabeça, eu era o protagonista e estava acompanhado de
mais 3 mulheres, uma ruiva, uma loira e uma mulata, enquanto uma me chup...,
deixa pra lá vai), foi a coisa mais massa que vi no
lado Sul de Natal (voltei com um propósito futuro de algum dia comer alguém ali, mesmo que for a minha esposa, que ainda nem
nasceu). Na volta pela Estrada de Pipa, passamos no Val Brasil Oficina e Loja
de Artesanatos (84-8850-7470), onde a mãe e o pai da menina Ester fazem 70% das coisas que
vendem lá (só digo uma coisa, artesanato de primeira), pra
encontrar artes reais, assinadas e feitas com amor, precisamos ter faro, e eu
graças a Deus tenho, não se encontra coisa boa em feiras, shoppings
ou inferno à dentro.
Val Brasil Artesanatos |
Val Brasil Artesanatos |
De Lampião não tem nada |
Jantamos em um bistrô próximo ao hotel, desci no deck de Ponta Negra em
frente ao Quiosque do Suco, onde ouvimos pela segunda vez um luau comandado
pelo cantor e artista Rodrigo Lacaz (84-9168-9540), o cara tem muito carisma e
talento, faz show no Brasil inteiro, canta muito bem, gostei bastante da ideia
de ingressar musicas próprias durante o show tanto que são muito boas por sinal,
no entanto seu repertório é
muito ruim, eu sei que: em
relação à música o que é bom pra alguns pode ser um pesadelo pra outros, mas o que quero dizer é a escolha das músicas em determinada situação,
ele gosta muito de um estilo pop internacional, tipo Adele, Hanna Montana, Lana
Del Rey e algumas coisas que eu nem a maioria dos espectadores sabíamos o que era.
A sexta-feira tiramos
pra desfrutar e conhecer a famosa praia de Ponta Negra, a experiência foi muito boa. No
extremo direito da praia se encontra o maior cartão
postal de Natal, é o Morro do Careca (isso, aquele tobogã de areia que você está cansado de ver nas propagandas da CVC, Tam
e em sites de turismo), se trata de um morro com uma duna de areia bastante íngreme que no passado era usada pra pratica do tal
esquibunda, porém no final dos anos 90 foram proibidas
quaisquer atividades esportivas e não esportivas no morro, os principais motivos foram
a preservação
ambiental e a diminuição do
tamanho do mesmo devido à queda de areia.
Praia de areia
branca, fina e longa, o mar não é
tão
agitado e as ondas quebram bem pra frente, chegando bem fraca na beira da praia
(ótimo para crianças). Em torno de suas mediações existem quiosques que dispõe de muitas atrações da gastronomia caiçara e drinks. Cada quiosque é responsável pelas suas regras (não existem padrões de preços entre uma lanchonete e outra), nesse dia
ficamos no lado direito da praia (se não me falha a memória é
Quiosque do Buzuza), ele
cobrou 20 pau pelo aluguel de 3 cadeiras, 1 cadeira cama, 1 mesa e 1
guarda-sol, ele descontaria esse valor se consumíssemos algum prato combinado, arroz, feijão, salada de tomate e filés de peixes ou camarão com salada, enfim, diversos pratos pra 2
ou mais pessoas na faixa de 50, 60, até
150 reais. Não achei caro, fui muito
bem atendido, a Skol estava trincando e o cara sempre me atendia com agilidade
(é disso que gosto na praia, ficar bem
acomodado, tomando cerveja, ouvindo música e vendo as cocotas desfilarem). Em Ponta
Negra tem bastante ambulantes, uns mais criativos do que o outro, um diferencial de tudo
que vi antes é
a boa abordagem ao cliente
como por exemplo: o vendedor de empadas chega muito bem educado e humorado,
apoia o vasilha térmica na mesa e mostra seu produto sem
preguiça ou pouco caso (ai é cruel, aquele cheiro bom do karalho, dificilmente
ele sai sem efetuar uma venda).
Como na Praia de Pipa
essa também
não me rendeu muitas paixões, a cada 10 mulheres
transeuntes uma eu avaliaria acima da média (deixo claro aqui, e pros futuros
leitores que não
estou desfazendo, rebaixando ou expondo qualquer tipo de humilhação às
mulheres nordestinas, natalenses ou turistas em geral, a avaliação da tal média, são percepções exclusivas minhas,
cada um tem a sua, é
que nem cú). Mas observando como um todo e novamente tirando
conclusões só
minhas, acredito que essa
falta de qualidade feminina se deve ao fato do aumento de famílias ou casais em lua de mel, não se compara com Ubatuba
ou Guarujá que a galera vai pra exibir seus esqueletos sarados,
ganhar likes no Face, posar pro Instagram, atrair o sexo oposto e trepar no
final da noite (então
meninos, fica a dica, se quiserem flertar, meter, ou conhecer mulheres saradas,
vão pra
outro lugar).
A praia é
muito limpa e organizada, já é a própria cultura dos natalenses a organização em geral, porém Ponta Negra dispõe de coletores de lixos que passam na
areia durante todo o dia, eles não
fazem vista grossa e corpo móle, eles "fazem um limpa", levam garrafas, cocos, canudos, e todo o lixo
que estiver por perto. Diferente das praias daqui de sampa como citadas
acima, não se
veem muitas coisas como aulas de surf, aquelas bananas que te jogam no mar, e
um ponto muito negativo, não tem
música, lugar algum na areia tem música.
Fechamos um novo
passeio com o João
sentido a conhecida Rota do Sol onde nossa primeira atração foi um pequeno museu militar, o
denominado Centro de Lançamento Barreira do Inferno (uao, que nome
assustador meninas). Fundado
em 1965, está localizado no município de Parnamirim, nele se concentram as operações de lançamentos de foguetes de médio e grande porte, esse nome foi dado por
pescadores por causa da cor avermelhada que o sol matinal ocasiona em suas falésias.
Seguimos avante pela
Rota do Sol, passamos pela Praia de Búzios onde paramos em um mirante que
disponibiliza uma perfeita e paradisíaca
visão de um mar com reserva
ambiental onde ocasionalmente podemos perceber as passagens de Golfinhos e
Tartarugas Marinhas (novamente um Golfinho entra no meu caminho, atrapalhando a
minha concentração em
presenciar uma sereia de topless). Eu em particular não vi porra nenhuma, me esforcei, ouvia as
pessoas falarem assim: - Olha lá
filho, olha ele ali. – Mãe,
mãe, corre, vem ver o
Golfinho. – Pai, por que eles vem pra praia? (eu devo
ter corpo fechado, pus os óculos, tirei os óculos e nada, desisti de ver os marditos e fui me
refrescar com um baita coco gelado). Nesse mirante podemos comprar alguns
artesanatos e saborear pratos convidativos como, casquinha de siri, isca de
peixe, camarão e
outros frutos do mar, não foi
o que fizemos, mas tive o prazer de conhecer uma senhora artesã que pratica até então desconhecida pra mim a Renda de Bilro, é difícil de explicar, mas ela é feita sob uma almofada com a ajuda de tocos de
madeiras, uma única
peça demora em torno de 45 dias pra ser
fabricada, variações de
3 ou 4 meses existem em determinadas peças.
Renda de Bilro |
O nosso destino era a
praia Barra de Tabatinga, extensa, areia fina e branca, ondas calmas e mar bem
aberto, excelente pra praticar Wind Surf. Ficamos no lado esquerdo da praia,
entramos pela maravilhosa e bem estruturada Pousada & Restaurante Porto
Parus (84-3230-2090), super indico, a gente entra por ela e podemos usufruir da piscina, redes, duchas,
restaurante (a parte), mesas e cadeira, sem mesmo ter a obrigação de estarmos
hospedados nela. Seria muito descaso
e até antiético tirarmos tanto proveito do lugar e não consumir nada (hahaha,
adoro a parte do consumo), então saímos por uma pequena trilha de no máximo quatro metros que fica de fundo com a pousada
e já estávamos sob areias brancas. A Duda amou essa praia,
onde ficamos é
cercado por um coral bem
extenso que forma um tipo de piscina rasa e com ondas fraquíssimas. Eu e o Rafa ficávamos jogando um papo fora, pensando na vida,
falando abobrinha enquanto as meninas se refrescavam com aquela água clara e calma (pareciam duas arapongas em alto
mar). Realmente aquele ali sim é
um lugar de paz
(#aiquesossego), pedi uma cerveja em seguida um Hula-Hula, muita massa, bebida
típica havaiana, a base de vinho, vodka ou
espumante (calma gente, é
só uma dessas três), mistura-se leite condensado e mais
algumas desgraceiras (se quiser saber melhor é só
procurar a receita no
Google), o legal é
que se servem dentro de um
abacaxi, eles tiram o miolo dele e coloca esse liquido dentro, que lembra muito
uma batida (fiquei de fogo, e escrevi metade desse texto àquela hora ali mesmo).
Voltamos e foi a vez
de passarmos no Cajueiro de Pirangi, todo mundo deve ter ouvido falar desse
danado um dia, se trata do maior cajueiro do mundo, também localizado no município de Parnamirim, a árvore cobre uma área de aproximadamente 85.000 m², e produz entre 70 a 80 mil cajus todos
os anos. O crescimento exacerbado da mesma tem relação
à anomalias genéticas fazendo assim o crescimento dos
galhos nas laterais e não pra
cima como de costume. Parece que o ingresso pra visitar custa uns 8 reais
inteira, não
achei caro, pois o valor é
revertido pra manutenção, limpeza e organização do lugar. Guias
disponibilizam informações e
conta histórias do cajueiro dentro do espaço, no lado esquerdo tem um mirante onde se pode
tirar uma foto panorâmica por cima do cajueiro e da praia de
Pirangi do Norte, após feito tudo isso, lá em baixo você pode degustar um suco dos frutos do cajueiro (não da pra tomar uma
copada, é um copinho desses de café, mas tá
bom, deu pra matar a
lombriga).
Cajueiro de Pirangi - Pirangi do Norte - Parnamirim - RN |
No caminho, entre a
praia Barra de Tabatinga e Pirangi do Norte, no munícipio de Nísia Floresta parei em uma loja de artesanatos (Atelier Arte e Artesanato),
porque fiquei encantado com a qualidade dos trabalhos do artesão Sandro Thiele e Mica
Carboni (Facebook), tanto que a mesma é
a bióloga do cajueiro, os trabalhos são realmente manuais, eu
como admirador de artefatos artesanais não voltei de mãos vazias, o casal é muito acessível
à negociação e
incrivelmente fascinantes como pessoa.
A cidade de Natal tem
por volta 300 dias de sol por ano (pois é), eu posso dizer que estive lá em um desses 65 de chuva. Depois de uma noite toda
de água, o domingo também amanheceu chuvoso, mas não atrapalhou, ficamos escorados no quarto
do hotel até o sol aparecer, esse dia tiramos pra
comprar aquelas lembrancinhas (essas porcariazinhas que todo mundo leva sabe), conheci então o Shopping de Artesanato Potiguar (que
de artesanato mesmo não tem
porra nenhuma), mas lá é muito
legal, são três
pisos de lojas de porcarias em geral, tipo: toalhas de mesa, porta-chaves,
caixinhas, miniaturas de barcos, camisetas, abridores de garrafa em forma de
cacete (ótimo pra levar pro sogro e cunhado),
redes, guardanapos, quadros, entre outras um milhão de coisas. Uma sugestão minha é ir pra lá direto, tem tudo que tem em outros lugares e você só anda uma vez.
Foi a única vez que usei a piscina do hotel, fiquei um
tempo deitado naquelas cadeiras-cama ouvindo Tim Maia, Ira! e Titãs, dei umas pescadas até, acordei com meu próprio ronco (haha oia a situação né), depois partimos pro nosso último ato de luxúria em terra potiguar. O restaurante fica na orla
de Ponta Negra, sentido sul, se chama Barraca do Caranguejo, é um lugar bastante tradicional e conhecido por lá, todos nós gostamos, pedimos um rodízio de camarão, o cardápio tem no mínimo 20 tipos de camarão,
entre eles: camarão ao
molho branco, ao molho vermelho, camarão assado, frito, cozido, grelhado... (camarão pra dá com pau), o preço foi acessível R$47,90 por pessoa e crianças não pagam (adoro). Ainda ouvimos um Forró Universitário muito bom, lembro-me de ter ido embora quase
arrastado pelo meu irmão,
arrotando camarão,
cantando um refrão
assim: “A lua quando brilha falo de amor, no
gingado de xote, sinto teu calor, a noite acordado sonho com você ie ie ie...”(consequentemente se tornou a música tema das minhas lembranças de Natal).
Interrompendo o
ócio e tanto conhecimento, infelizmente chegou então o dia de ir embora, o
voo pra Brasília estava previsto pras 23:00 horas, então ganhamos mais um dia.
Já com o bolso bastante abalado, com a mente
descansada e com a alma lavada ficamos no lado esquerdo da Praia de Ponta
Negra, é o lugar ideal pra quem gosta de ficar um
pouco mais longe de aglomerações, já
não
passa tantos ambulantes e o aluguel de apetrechos são mais baratos, uma lata de Skol vale
R$3,00 uma porção de camarão
R$10,00 sorvete está
na casa de R$4,00 (achei tudo
muito barato). Não sei
porque diabos ali tem muitas ciganas, uma delas me ofereceu pra fazer uma leitura
de mão,
acrescentou que eu sou uma pessoa muito invejada por causa desses meus olhos
azuis e da minha beleza (ri horrores, quem ia invejar alguém que não tem bens, só
se for na cadeia, e beleza, a
sei lá, beleza todo mundo tem a sua, mas a minha
nunca foi dessas de despertar inveja).
Era antes das 15:00
horas, a maré subiu tanto que nos expulsou de volta pro
hotel, foi muito bom, estava bem cansado, tomei um banho e aproveitei pra assistir O Rei do Gado. A noite
fomos comer um lanche no Quiosque do Suco, onde ouvimos novamente todo o repertório repetitivo de Rodrigo Lacaz, porém dessa vez com uma surpresa, ele fez uns hits com
a turma do Projeto Pau e Lata, foi uma batuca bem legal. Ficamos ali até acabar o show do Pau e Lata, conheci então o Igor Macarrão, segundo seu próprio marketing pessoal o mesmo me disse que ele
está sempre ali, conhece Natal e as praias como
a palma de sua mão, ele
é o cara, ele é quem arruma tudo por lá, carro pra alugar, moto, passeio, buggy,
prostitutas, guia turístico, inclusive ele mesmo é um guia (grátis ainda por cima), quem quiser levar ele
nem precisa pagar, paga se quiser, se gostar do serviço dele lhe dão uns trocados (valor opcional), o cara é fantástico, terminou então a propaganda de suas mil e umas
utilidades reforçando que ele consegue de tudo, tudo, tudo
mesmo (eu como bom entendedor, compreendi exatamente a amplitude da palavra
tudo), mas desse “tudo” eu não
abuso, o que eu gosto estava ali, na geladeira, trincando e custa 4 pila,
Bohemia.
Usei e abusei de tudo
que a cidade me proporcionou, as minhas experiências em relação
à noite de Natal são meio
escassas, além de eu estar acompanhado da família, tanto eu quanto meu irmão chegávamos “quebrados” das nossas façanhas diurnas (na verdade ele queria
assistir a novela do José
Alfredo). Tive várias referências positivas de bares, baladas e casas
noturnas como Decky Bar, Forró
com Turista, Pink Elephant,
Peppers Hall e a Taverna Pub (decoração sensacional).
A qualidade de vida
dos moradores é
sensacional, são muito felizes,
satisfeitos e adoram morar lá,
a sensação que
tive durante a viagem ao aeroporto foi a vontade de ficar, comprar um Buggy e
viver em prol do turismo, mas sou um tanto urbanizado pra assumir tal risco. A
cidade é do Sol mas a temperatura gira em torno dos
32 graus (menos do que aqui em Americana que chega beirar o inferno), a cidade
venta muito, toda hora, meus chapéus
não paravam na cabeça, devido esse fato a sensação
térmica é muito mais refrescante.
Eu com os olhos
fechados, agradeci a Deus e o elogiei por ter construído uma beleza rara dessas que é a cidade de Natal, voltamos satisfeitos, nos
divertimos, não
fomos explorados, comemos bem, fomos muito bem recebidos e fizemos grandes
amizades durante toda nossa estadia. Voltei com uma concepção positiva de lá, gostei de tudo que vi e que vivi, tentei
aprender, degustar, experimentar e explorar de tudo que tem por lá, no entanto, em meio de tanta beleza o tempo
acaba se tornando curto e nem tudo é
possível. O povo natalense me ensinou muita coisa nesse
curto período de tempo e esse tornou-se o aspecto
que mais gostei durante a semana. Volto pra casa apaixonado pela cidade, com
roupas sujas na mala e uma bagagem extra, “a
cultura”. O porquê eu sei de tudo isso todo mundo sabe. Eu
estive lá!